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Juros do consignado podem SUBIR em setembro; não deixe o empréstimo para depois

Após a redução do consignado, a modalidade de crédito pode se tornar mais cara novamente. Especialistas projetam um aumento na taxa de juros da economia brasileira.

O crédito consignado é uma modalidade de empréstimo que permite o desconto das parcelas diretamente da folha de pagamento ou benefício do INSS. Por contar com essa garantia, apresenta taxas de juros mais baixas em comparação a outras formas de crédito. 

Essa opção é bastante utilizada por aposentados, pensionistas e servidores públicos. A segurança de pagamento reduz o risco para as instituições financeiras, que conseguem oferecer prazos mais longos e menos burocracia. 

Contudo, especialistas projetam que as taxas de juros da modalidade podem aumentar nos próximos meses. O Banco Central pode elevar a Selic, o que afeta o crédito no país. A medida é necessária para conter a inflação. 

Juros do consignado podem SUBIR em setembro; não deixe o empréstimo para depois
Aumento da Selic pode afetar o consignado – Foto: Jeane de OIiveira

Como a Selic alta pode afetar o mercado de crédito? Entenda

A taxa Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, exerce uma influência direta e significativa sobre os juros do crédito consignado. 

Essa relação é tão estreita que as variações na Selic acabam refletindo em mudanças nas condições de empréstimo para aposentados e pensionistas.

Como funciona essa relação?

A Selic funciona como um termômetro da economia. Quando a Selic está alta, o Banco Central busca conter a inflação, tornando o crédito mais caro para estimular a poupança e reduzir o consumo. 

Quando a Selic está alta, os juros do consignado acompanham essa tendência, tornando o crédito mais caro para os consumidores. Isso acontece porque as instituições financeiras repassam o aumento da Selic para os seus produtos. 

Já quando a Selic é reduzida, os juros tendem a cair, o que torna o crédito mais acessível para aposentados e pensionistas, permitindo que aproveitem taxas de juros mais competitivas. 

Foi o que ocorreu neste ano, quando o governo aprovou uma redução no teto da categoria, para 1,66% ao mês.

Mas o que é Selic?

A taxa Selic é um dos principais indicadores econômicos do Brasil, utilizada pelo Banco Central como uma ferramenta para controlar a inflação. 

Quando a Selic sobe, há uma série de implicações para a economia, afetando desde o mercado de crédito até o comportamento de investimentos.

Por que o Banco Central precisa aumentar a Selic?

A alta da Selic é uma estratégia do Banco Central para conter a inflação. Quando a Selic sobe, o crédito fica mais caro e o consumo diminui, o que ajuda a desacelerar a alta de preços. 

Economistas que projetam uma Selic em torno de 12% ao ano indicam que essa medida pode ser necessária para alcançar a meta de inflação de 3%, mantendo um equilíbrio entre a oferta e demanda na economia. 

Veja também: Qual banco cobra a MENOR taxa de juros para consignado? Confira a lista

Quem pode fazer consignado?

O consignado está disponível para aposentados e pensionistas do INSS e servidores públicos. Essas categorias possuem renda garantida, o que diminui os riscos para as instituições e facilita o acesso ao crédito.

Margem consignável

A margem consignável define o limite de quanto da renda pode ser comprometida com as parcelas. No caso de beneficiários do INSS, esse limite é de 45% da renda, sendo 35% para empréstimos e 10% para o cartão de crédito.

Trabalhadores da CLT podem fazer consignado?

Não há nenhuma restrição legal quanto a isso, inclusive, existem bancos que oferecem a modalidade para quem trabalha de carteira assinada. 

No entanto, o acesso é limitado. É necessário que o empregador tenha parceria com alguma instituição financeira. Além do mais, os juros tendem a ser maiores do que os praticados para aposentados e funcionários públicos. 

Veja também: Banco Central revela quais são as PIORES instituições financeiras do Brasil! Você tem conta em um desses bancos ?

Arthur Kodjaian

Jornalista, graduado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, redator há mais de quatro anos. Sou apaixonado por escrita e já atuei em diversos segmentos.

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